




Rancho Chui Genética Devon


PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DO DEVON:
1-Rusticidade
Animais Devon tem capacidade de se adaptar e produzir bem nas mais distintas regiões do mundo e nas mais diversas e desafiadoras condições climáticas possíveis.
Encontramos animais Devon nas maiores altitudes e mais baixas temperaturas, como no município de Bom Jesus/RS, onde frequentemente são registradas temperaturas negativas nos meses de inverno. E por outro lado também há animais Devon plenamente adaptados nos desertos Australianos.
Também se verifica que o Devon é uma raça que, mesmo submetida às piores condições de forrageiras, tem alta habilidade em convertê-las em alimento para sua mantença, resistindo bravamente a períodos extensos de seca e recuperando rapidamente a sua condição corporal assim que as condições alimentares voltam a melhorar.
Sua pele amarelo alaranjada e sua pelagem vermelho rubi permitem ampla proteção à ação de raios solares, evitando risco de lesões por fotossensibilidade. Suas mucosas naturalmente escuras são uma barreira natural à ocorrência de casos de ceratocunjuntivite.
2-Fertilidade:
Os reprodutores Devon (machos e fêmeas) tem alta precocidade sexual, estando aptos à reprodução em idade muito jovem. As fêmeas apresentam, em condições alimentares ideais, cios férteis aos 12 meses de idade e estão naturalmente aptas à reprodução aos 24 meses, mesmo em condições alimentares mais precárias.
Os machos estão aptos à reprodução antes mesmo dos 24 meses de idade, especialmente quando em condições alimentares ideais.
As fêmeas Devon tem plenas condições de repetirem partos anualmente, desde que em condições sanitárias e nutricionais adequadas.
3-Facilidade de parto:
Na raça Devon, não dedicamos especial atenção à identificação de reprodutores que produzam terneiros de baixo peso ao nascer. Isso porque essa característica está praticamente fixada nos animais Devon. As vacas, apesar de desmamarem terneiros quando atingem 50% do seu peso, costumam parir terneiros com tamanho e peso equivalente apenas 5 a 6% do seu peso vivo adulto. Ou seja, vacas de 500 kg parem terneiros com cerca de 25 a 30 kg de peso.
4-Habilidade Materna:
As fêmeas Devon são leiteiras e produzem um leite de volume e qualidade diferenciados, onde lactações assistidas em vacas a pasto registraram média de 2321 kg de leite com teor de gordura de 4,5%. São mães extremamente amorosas e defensoras de suas crias. A conjunção desses fatores resulta em maiores taxas de sobrevivência pós natal e maiores pesos ao desmame.
5-Longevidade:
As vacas Devon são mundialmente conhecidas por sua longevidade. Naturalmente pode se encontrar fêmeas em plena produção, mesmo depois dos 15 anos de idade. Em países com rebanhos bovinos menores, como a Nova Zelândia, por exemplo, onde cada fêmea tem seu histórico reprodutivo e de produção acompanhado de perto, houve relatos de fêmeas que tiveram mais de 20 filhos registrados.
6-Precocidade no acabamento:
Os animais Devon tem extrema facilidade em colocar gordura na sua carcaça, proporcionando abate em idade super precoce, como em estudos realizados pela UFSM – Santa Maria/RS (Tese de doutorado do Dr. Luis Fernando G. Menezes, 2008 e publicação na revista brasileira de zootecnia V 39, n.3, p.667-676, 2010), onde novilhos Devon foram abatidos, com grande qualidade de carcaça, aos 15 meses de idade.
7-Eficiência Alimentar:
A "menina dos olhos” para os confinadores há muito tempo deixou de ser o ganho de peso pura e simplesmente. Hoje é a conversão alimentar o fator observado com maior afinco, já que impacta diretamente no resultado econômico dessa operação. Os animais Devon são também destacados nessa característica, necessitando de apenas 5,7 kg de alimento para converter 1,0 kg de peso vivo no mesmo estudo referido anteriormente, realizado por pesquisadores da UFSM.
8-Qualidade de carne:
o A qualidade da carne Devon é reconhecida há muitos anos por consumidores de carne e pecuaristas em geral, mas a chancela dessa qualidade também foi conferida pela UFSM, no mesmo estudo já relatado. A qualidade de carne é tecnicamente avaliada através dos seguintes critérios:
A- Gordura de cobertura: animais Devon em idade super jovem (15 meses) atingiram 4,4 mm;
B- Marmoreio: animais Devon obtiveram em média 5,38 pontos;
C- Maciez: em uma escala de 1 a 9 os animais Devon atingiram 8,25 pontos (a maior média histórica para animais desta idade, submetidos ao mesmo tratamento, entre diferentes raças de corte);
D- Força de cisalhamento (força necessária para romper fibras de carne – quanto menor a força, maior a maciez): animais Devon 1,9 kgF (igualmente a menor média histórica para animais desta idade, submetidos ao mesmo tratamento, entre diferentes raças de corte);
E- Suculência (escala de 1 a 9): animais Devon obtiveram a expressiva pontuação de 7,12;
F- Textura (escala de 1 a 5, sendo 5 a textura mais fina e delicada): animais Devon obtiveram 4,25 e
G- Palatabilidade (escala de 1 a 9): animais Devon obtiveram o destacado score 7,02.
Adicionalmente, estudos nos EUA demonstraram a qualidade dos animais Devon no que tange ao percentual de bovinos que atingem carne do padrão Choice. O proprietário e administrador do Lakota Ranch, Jeremy Engh, apresentou, por ocasião do último congresso mundial de criadores da raça Devon – em Pelotas/RS, 2012, dados de abate em que os seus animais Devon estavam atingindo, em média, mais de 78% de carne padrão Choice (número espetacular, para as médias que giram em torno dos 50% para outras raças de corte e seus cruzamentos).
9-Docilidade:
Característica igualmente fixada nos animais da raça Devon. Por serem extremamente mansos, os animais dessa raça não oferecem qualquer risco à integridade física dos indivíduos que os manejam e se enquadram perfeitamente às práticas de bem-estar animal.
Além disso, essa docilidade reflete diretamente na qualidade de sua carne, já que em função de sua mansidão esses animais não produzem o cortisol, que é um hormônio liberado em situações de stress com função antagônica a insulina (responsável pela entrada de glicose nas células e consequentemente pelas reservas de glicogênio tecidual).Na prática, animais mais dóceis, além de terem maior facilidade em manter rotas metabólicas produtivas, terão uma carne que terá maior durabilidade de gôndola em função da estabilidade do seu pH de carne.





